COMO SER UM OBREIRO APROVADO
COMO SER UM OBREIRO APROVADO

1 - COMO SER OBREIRO APROVADO INTRODUÇÃO - O que é ser um obreiro? Ser "obreiro" é estar comprometido com a obra de Deus na Terra. Logo, independente do cargo, ou da atividade ministerial na qual estejamos engajados, todos os que trabalham na obra de Deus são obreiros, desde o assistente diaconal até o bispo. O termo "obreiro" significa simplesmente "trabalhador". A diferença entre um simples membro da igreja e um obreiro, está no grau de comprometimento com o Reino de Deus. Um membro pode estar envolvido com o Reino, mas o obreiro está comprometido com o seu crescimento. Para entendermos melhor a diferença entre envolvimento e comprometimento, lancemos mão de uma simples analogia: numa refeição encontramos ovos e bacon. Os ovos vieram da galinha, enquanto o bacon veio do porco. Cada um deu a sua contribuição. Não obstante, qual deles precisou se comprometer para dar sua parcela de contribuição para a refeição? É claro que foi o porco. A galinha pôs seu ovo, e deu-o para ser comido. Entretanto, isso não interferiu em sua vida. Já o porco, para nos fornecer o bacon, teve que comprometer sua própria vida. Eis a diferença entre ser um membro envolvido, e um obreiro comprometido. Imagine uma igreja em franco crescimento. Para que ela estivesse cheia, alguns contribuíram com sua presença, mas outros contribuíram com seu trabalho. O obreiro é aquele que se dispõe a comprometer seu tempo, seus recursos, seus talentos, na propagação do Reino de Cristo Jesus. Ele não se satisfaz apenas em entregar seu dízimo e dar suas ofertas. Ele quer dar-se a si mesmo a Deus, e à Sua obra (2 Co.8:5), e para isso, está sempre disposto a arregaçar as mangas e trabalhar. Quanto mais o obreiro cresce na Obra, maior é o seu comprometimento com o Reino de Deus. 1 - O QUE É NECESSÁRIO PARA SER UM OBREIRO? • VOCAÇÃO - O primeiro requisito necessário para trabalhar na Obra de Deus é ser vocacionado. A palavra "vocação" significa literalmente "chamamento". O obreiro tem que ser chamado por Deus para o exercício do seu ministério. E a quem Deus chama? Ele chama todo aquele que Ele mesmo escolheu para a Sua Obra. Portanto, não se trata de uma opção nossa, e sim, de uma escolha soberana da parte de Deus. Jesus afirmou acerca disso aos Seus discípulos: "Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi, e vos designei para que vades e deis fruto..... JOÃO 15:16a É bom deixarmos claro que os critérios de Deus não são os nossos. Ele não nos escolhe levando em conta nossa aparência, nossa capacidade intelectual, nosso temperamento, ou nossos méritos. A razão que O levou a escolher-nos não está em nós, mas nEle mesmo. É Ele quem convoca, capacita e envia obreiros para Sua Seara. Jesus disse: "Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara" (Lc.lO:2). Ele primeiro diz vinde, pra depois dizer ide. • CAPACITAÇÃO - Ele não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos. Um exemplo disso é Jeremias. Ao ser chamado por Deus, o profeta Jeremias, que à época ainda era uma criança, relutou em aceitar sua vocação, por achar que não tinha capacidade para isso. Leia com atenção o texto bíblico: "Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Antes que eu te formasse no ventre, te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta. Então disse eu: Ah! Senhor Deus! Não sei falar; não passou de uma criança; Mas o Senhor me disse: Não digas: Não passou de uma criança. Aonde quer que eu te enviar, irás, e tudo o que te mandar, dirás. Não temas diante deles, pois eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor. Então estendeu o Senhor a sua mão, tocou-me na boca, e me disse: Agora pus as minhas palavras na tua boca". JEREMIAS 1:4-9 Não adianta argumentar com Deus. Quando Ele nos convoca, não podemos sequer pensar em fugir. Alguém poderá dizer como Jeremias: Senhor, eu não sou capaz. Eu não tenho experiência suficiente. O apóstolo Paulo, que também foi escolhido por Deus mesmo antes de nascer (Gl.l:15), afirmou: "Não que sejamos capazes, por nós mesmos, de pensar alguma coisa, como se partisse de nós mesmos, mas a nossa capacidade vem de Deus. Ele nos fez capazes de ser ministros de uma Nova Aliança..." (2 Co.3:5-6a). • DISPOSIÇÃO & DISPONIBILIDADE - Quando chamados por Deus, temos que estar dispostos e disponíveis. Disposição diz respeito ao estado de espírito. Um obreiro indisposto trabalha com má vontade, e por isso, não produz de acordo com a vontade de Deus. O apóstolo Paulo escreve: "Contudo, quando anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação. Ai de mim, se não anunciar o evangelho! Se o faço de boa vontade, terei recompensa; mas se de má vontade, apenas desempenho um cargo que me foi confiado". I CORÍNTIOS 9:16-17 Onde não há disposição, boa vontade, também não há resultados, e, portanto, não pode haver recompensa da parte de Deus. O obreiro indisposto é sempre vagaroso, descuidado, negligente, e por isso mesmo, corre o risco de ser desqualificado por Deus. "Não sejais vagarosos no cuidado" admoesta o apóstolo, "mas sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor" (Rm.l2:ll). Se não for pra fazer bem, é melhor não fazer. Tudo o que fizermos pra Deus deve ter a marca da excelência, não da negligência. Aqui vale a exortação feita por Jeremias: "Maldito aquele que fizer a obra do Senhor negligentemente!" (Je.48:10a). Deve haver no coração do obreiro a disposição de gastar-se completamente na Obra de Deus. Era esta a disposição que havia em Paulo ao escrever: "Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado" (II Co.l2:15). Além da disposição, não pode faltar disponibilidade. Trabalhar pra Deus não pode ser um hobby, um passatempo, uma distração, mas uma prioridade. O obreiro deve estar sempre disponível pra Deus. A expressão "eis-me aqui", tão encontrada nas páginas das Escrituras, significa "aqui estou eu, pronto a atender". Escrevendo a seu discípulo Timóteo, Paulo o exorta: "Procura apresentar-te a Deus" (II Tm.2:15a). Em outras palavras: "Procura estar sempre disponível pra Deus". Nenhuma ocupação terrena pode privar-nos desta disponibilidade. No mesmo capítulo, Paulo diz: "Nenhum soldado em serviço se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra" (II Tm.2:4). É claro que há obreiros que têm suas atividades profissionais, e que delas depende sua sobrevivência. Estes devem buscar organizar de tal maneira seu tempo, que haja maior disponibilidade possível para trabalhar na Obra de Deus. Já os que trabalham em tempo integral (pastores, missionários e bispos, por exemplo), não devem comprometer seu tempo com qualquer outra atívidade que não esteja relacionada à Obra de Deus. Estar disponível pra Deus implica pontualidade nos compromissos da Igreja. O obreiro deve sempre chegar algum tempo antes do culto, e apresentar-se ao pastor, colocando-se disponível para qualquer serviço. Se ele já pastoreia uma igreja, deve chegar cedo e colocar-se à disposição dos irmãos, oferecendo atendimento pastoral às ovelhas de Deus. • QUALIFICAÇÃO - Para crescermos na Obra de Deus, e ocuparmos novos espaços, precisamos ser regularmente provados. Tomemos o exemplo dado por Paulo acerca dos diáconos. De acordo com o apóstolo, "estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis (...) Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição, e muita confiança na fé que há em Cristo Tesus" (I Tm.3:10, 13). Antes que uma pessoa seja empossada em um cargo na Igreja, ela precisa ser provada. Isto quer dizer que ela deve passar por um tempo de observação. Não podemos impor as mãos precipitadamente sobre ninguém (I Tm.5:22). De acordo com Atos 6:3, o candidato deve ter boa reputação, ser cheio do Espírito Santo e de Sabedoria. Além disso, deve ser considerado fiel, antes de ser colocado no ministério (I Tm.l:12). Mesmo depois de ser aprovado, o obreiro estará constantemente sendo submetido à prova. Até mesmo aquele que ascendeu ao ministério pastoral ou episcopal, corre o risco de ser desqualificado. Paulo, o grande apóstolo dos gentios, reconhece isso ao afirmar: "Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado" (I Co.9:27). Diante deste inevitável risco, ele aconselha a seu pupilo Timóteo: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (II Tm.2:15). Só tem do que se envergonhar, aquele obreiro que é passível de repreensão. Porém, aquele que goza de boa reputação com os irmãos, e com os de fora, que é cheio do Espírito e de Sabedoria, e que, portanto, sabe manejar bem as Escrituras, jamais será envergonhado. Envergonhado fica aquele que se lança em um empreendimento, mas sem calcular o preço. Depois de verificar que não tem condição de concluir o que começou, acaba servindo de chacota aos outros (Lc.l4:28). Há um preço a pagar, quando nos lançamos na obra de Deus. Se não nos dispusermos a pagá-lo, é melhor não nos comprometermos. Jesus disse: "A qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou muito mais se lhe pedirá" (Lc.l2:48b). Exige-se muito mais dos obreiros do que dos membros. E por quê? Porque o obreiro, seja ele um auxiliar, um pastor ou até um Bispo, ele servirá de referencial para os demais. Os membros e visitantes tendem a espelhar-se em quem está à frente. Portanto, o obreiro deve ser padrão para os demais. Uma coisa é estar em meio à multidão, sem ser notado. Outra coisa é estar à frente, ou em pé junto à portaria ou nos corredores da igreja trabalhando. Daí a necessidade de que seja irrepreensível. Isto é, não passível de repreensão. Observe o conselho que Paulo dá a Tito, seu cooperador: "Em tudo te dá por exemplo de boas obras. Na doutrina mostra integridade, reverência, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós." Trro 2:7-8 De acordo com esta passagem, entendemos a importância que há naquilo que o obreiro faz, no que ele crê, e na forma como ele se expressa. São três quesitos em que o obreiro pode ser reprovado: obras (comportamento), doutrina (em que ele crê) e linguagem (como ele se expressa). 1. Boas Obras - Como deve comportar-se um obreiro dentro e fora da igreja? Qual deve ser testemunho? Como vimos, o obreiro deve ser padrão para os demais membros da igreja. E quanto aos de fora? O obreiro deve portar-se de tal maneira no mundo, que as pessoas se sintam atraídas a Igreja. Se o seu testemunho for ruim, ele poderá ser uma espécie de vacina antiigreja solta no mundo. Por isso, "é necessário que tenha bom testemunho dos que estão de fora" (l Tm.3:7). O que somos dentro da igreja, temos de ser do lado de fora. Não podemos envergonhar o Evangelho de Jesus, dando margem às pessoas ímpias para que difamem a obra de Deus. Quando falamos de obras, estamos falando de comportamento, e isto inclui a maneira como nos relacionamos, nos vestimos, pagamos nossas contas, trabalhamos, estudamos e etc. Ser irrepreensível é não dar oportunidade ao adversário para que fale de nós, e assim, envergonhe a obra de Deus. • Doutrina - O que é mostrar integridade na doutrina? Significa dizer que não pode haver ponto em aberto naquilo em que cremos. Se a Bíblia é a Palavra inerrante de Deus, não há qualquer doutrina nela contida que não deva ser abraçada. "Fiel é esta palavra e digna de toda a aceitação" (l Tm.4:9). Quando falamos de doutrina, não nos referimos a regras de comportamento, e sim, ao conjunto de ensinamentos bíblicos que formam o corpo doutrinário da Igreja de Cristo. Doutrina, portanto, refere-se àquilo em que cremos. Por exemplo: Cremos em um único Deus, que subsiste em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Cremos na Vida Eterna, que é um dom outorgado àqueles que receberam a Jesus. Cremos que todos haverão de prestar contas de suas obras a Deus no Juízo Final. Etc. Assim como há doutrinas bíblicas, há também doutrinas antibíblicas, que devem ser rejeitadas de imediato. Paulo as chama de "doutrinas de demónios","fábulas profanas" (l Tm.4:l,7), e diz que devemos rejeitá-las. Doutrinas como a da reencarnação, da mediação dos santos, do purgatório, da regeneração batismal, e outras, não podem encontrar abrigo no coração do povo de Deus, pois são antibíblicas. Compete ao obreiro ser um expoente da sã doutrina. Ele deve estar sempre disposto a reproduzir a outros aquilo que recebeu. Paulo escreve a Timóteo: "Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Tesus. E o que de mim, através de muitas testemunhas ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idóneos para também ensinarem os outros" (2 Tm.2:l-2). Não temos o direito de acrescentar nada, tampouco subtrair nada do que nos foi confiado. Temos que ser fiéis na transmissão daquilo que nos foi confiado: a são doutrina de Cristo. • Linguagem - Assim como é importante a maneira como procedemos, e aquilo em que cremos, também é importante a forma como nos expressamos. Por isso, Paulo instrui os crentes de Éfeso: "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, conforme a necessidade, para que beneficie aos que a ouvem" (Ef.4:29). Obscenidades, palavrões, piadinhas picantes, não podem constar do vocabulário de um obreiro aprovado. 2 – O CARATER DO OBREIRO "Alguns traços devem ser encontrados em um obreiro para que ele seja aprovado. A ausência de qualquer um destes traços poderá implicar em sua desqualificação. O obreiro, portanto, deve buscar ser "vaso para honra, santificado e idóneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra" (2 Tm.2:21). Em outras palavras, ele deve buscar se qualificar, santificando-se para estar preparado para ser usado na obra de Deus. E quais são os traços que devem ser manifestos na vida de um obreiro aprovado? Vamos encontrá-los na lista apresentada por Paulo, que juntos formam o fruto do Espírito. Esse fruto é dividido em gomos, que devem ser encontrados não apenas na vida dos obreiros, mas de todos os membros do Corpo de Cristo. São eles: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (G1.5:22-23). • Amor - Um obreiro que não ama, tende a fazer a obra de Deus de maneira mecânica e artificial. Não somos apenas engrenagens de uma máquina. Somos seres humanos, que necessitam encontrar sentido naquilo que fazem. É o amor que vai dar sentido e valor à nossa obra. "Fazei todas as vossas obras com amor" ordenou o apóstolo (l Co.l6:14). Seja o que for que tivermos que fazer, se não for com amor, é melhor que não faça. Afinal de contas, é para Deus que trabalhamos. Como disse Paulo: "E tudo o que fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, sabendo que recebereis do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que servis" (Col.3:23-24). Além disso, devemos considerar que embora trabalhemos para Deus, estamos lidando com seres semelhantes a nós, com suas contradições, anseios, fraquezas e virtudes. Por isso, as Escrituras nos ordenam a suportar "uns aos outros em amor" (Ef.4:2b). É mais fácil lidar com coisas inanimadas, do que lidar com gente. As pessoas têm seus dilemas, suas manias, seus sonhos, e precisam ser amadas e compreendidas. Devemos ter "antes de tudo, ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados" (l Pe.4:8). Em outras palavras, o amor nos faz enxergar as pessoas, cobrindo-lhes a sua nudez espiritual, e não as expondo, como fez Cão, filho de Noé. • Alegria - "Servi ao Senhor com alegria" (S1.100:2a). Servi-lo com alegria, é o mesmo que servi-lo de boa vontade, e não apenas por uma obrigação religiosa. Ainda que, de fato, seja uma obrigação nossa. Observe o que diz Paulo: "Contudo, quando anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação. Ai de mim, se não anunciar o evangelho! Se o faço de boa vontade, terei recompensa; mas se de má vontade, apenas desempenho um cargo que me foi confiado" (l Co.9:16-17). Portanto, servir na obra de Deus deve ser encarado não apenas como um dever, mas, sobretudo como um prazer! Não devemos alegrar-nos apenas pêlos resultados de nosso trabalho, mas principalmente por termos sido alvo de Sua escolha soberana. Expulsar demónios é gratificante, curar os enfermos é maravilhoso, mas nada deveria nos alegrar mais do que saber que nosso nome está escrito no céu (Lc.lO:20). Além do mais, o obreiro alegre acaba por contagiar as pessoas com a sua alegria. Um obreiro carrancudo vai apenas espantar as pessoas, e vaciná-las contra o Evangelho. Devemos, portanto, ser alegres, para poder transmitir alegria aos que nos cercam. Jamais devemos deixar que os problemas particulares venham prejudicar nosso desempenho na obra de Deus. Um obreiro que almeje a aprovação de Deus, deve ser capaz de passar por cima dos seus próprios problemas, buscando sempre exibir em seus lábios um sorriso sereno, que passe tranquilidade, entusiasmo e satisfação em servir. • Paz - Quem trabalha pra Deus é, por definição, um pacificador. Estamos engajados na promoção da paz. Nosso objetivo é levar os homens a se reconciliarem com Deus, e a viverem em paz consigo mesmo, e com os seus semelhantes. Para promovermos a paz, precisamos estar em paz. Mesmo sendo perseguidos, não podemos perder a paz, a serenidade, a tranquilidade. Para nós, a paz é um estado de espírito, e independe das circunstâncias. Entretanto, a paz que excede todo entendimento, e que guarda nosso coração (Fp.4:7), deve influenciar nossos relacionamentos. Isto quer dizer que, devemos, a todo custo, evitar qualquer situação que busque privar-nos da paz com o nosso próximo. Paulo diz: "Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens" (Rm.l2:18). Infelizmente, nem sempre isso é possível. Mas no que depender de nós, busquemos a paz, evitando entrar em contendas, rixas e debates. Uma pessoa com o ânimo alterado, jamais vai se dispor a reavaliar seus conceitos. Portanto, não vale a pena discutir, pra tentar convencer ninguém. A Palavra de Deus nos ordena: "E rejeita as questões insensatas e absurdas, sabendo que produzem contendas. E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser brando para com todos, apto para ensinar, paciente; corrigindo com mansidão os que resistem, na expectativa de que Deus lhes conceda o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade" (2 Tm.2:23-25). Devemos policiar até o tom de nossa voz. Há pessoas que se dirigem a outras, como se estivessem discutindo, embora, na verdade, não estejam. Há outras que têm facilidade de "dar fora", até sem querer. Parece que elas estão sempre de espírito armado, e acabam dando a impressão de que têm pavio curto. "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" (Pv.l5:l). Mesma a mais dura das verdades, deve ser transmitida com o tempero do amor, para que não possa ferir, mas edificar. • Longanimidade - Ser longânimo é o mesmo que ser paciente ou tolerante com a fraqueza alheia. Um obreiro deve manifestar tal característica, pois a mesma é um dos notáveis traços do caráter divino (S1.103:8). Assim como Deus é longânimo para conosco, devemos ser pacientes para com aqueles que estão chegando à igreja, ou mesmo para com aqueles que, embora tenham algum tempo de igreja, ainda não aprenderam a caminhar por si mesmos. O apóstolo Paulo deixou-nos uma importante orientação sobre isso: "Acolhei ao que é fraco na fé, não, porém, para discutir opiniões (...) Ora, nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos e não agradar-nos a nós mesmos (...) Ora, o Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus (...) Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus" (Rm.l4:l; 15:1,5,7). Ao nos deparar com alguém que esteja dando seus primeiros passos na fé, devemos nos lembrar dos nossos primeiros passos, e de quanto trabalho demos para os que nos receberam. Assim como alcançamos o amadurecimento, eles também hão de alcançar. Lembremo-nos de que "melhor é o fim das coisas do que o seu princípio; melhor é o paciente do que o arrogante" (Ec.7:8). Afinal, quem começou a boa obra, é fiel pra terminá-la dentro do prazo estabelecido (Fp.l:6). Devemos ter redobrado cuidado para não destratarmos ninguém, dando respostas deselegantes. Ser longânimo também é ser atencioso, gentil e cordato. • Benignidade - Ser benigno é estar sempre disposto para fazer o bem. Este fruto se manifesta na vida do obreiro quando este tem a oportunidade de beneficiar alguém, seja através de uma oração, de um conselho, ou até mesmo de um simples gesto, como um abraço ou um sorriso. A exemplo de Jesus, devemos fazer o bem a todos, independente de seu credo religioso, ou de sua posição social ou cultural (At.lO:38). Não podemos ser omissos. Tiago diz: "Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado" (Tg.4:17). Um obreiro aprovado não joga fora uma boa oportunidade de enaltecer o nome de Jesus através de um ato benigno. Ainda que não sejamos reconhecidos pelas coisas boas que façamos, devemos esperar a recompensa de Deus, e não dos homens. Paulo admoesta: "E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé" (01.6:9-10). Devemos nos dispor a beneficiar até os que nos maltratam. É desta maneira que vencemos o mal com o bem (Rm.l2:21). • Bondade - Enquanto a benignidade é uma questão de atitude, a bondade está ligada à maneira como enxergamos as coisas à nossa volta. Assim como há pessoas maliciosas, que só conseguem enxergar o mal, até onde não há, há outras que têm o dom de enxergar coisas boas, até nas aparentemente ruins. Sobre isso, Jesus falou: "A lâmpada do corpo são os olhos. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz. Se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas" (Mt.6:22-23a). Um obreiro aprovado deve ter os olhos iluminados pela bondade do Espírito Santo. Ele consegue identificar o agir de Deus em cada situação. Ele é capaz de enxergar as qualidades e potencialidades das pessoas que chegam à igreja, a despeito da situação que estejam passando. Ele deve ter um olhar puro, que expresse a bondade de uma criança. Foi isso que Paulo quis dizer ao ordenar: "Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento" (!Co.l4:20). • Fidelidade - Podemos definir a fidelidade exigida por Deus na vida do obreiro de diversas maneiras. Ser fiel é: a) Reproduzir exatamente o que recebeu, sem acrescentar nem subtrair nada - "E o que de mim, através de muitas testemunhas ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idóneos para também ensinarem os outros" (2 Tm.2:2). "Assim, pois, que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel" (l Co.4:l-2). "Pois eu recebi do Senhor o que também vos ensinei" (l Co.ll:23a). "Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso" (Pv.30:6). b) Servir de padrão para os demais - "Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza" (l Tm.4:12). c) Zelar por aquilo que lhe foi confiado - "Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito, e quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito. Se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras? E se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso?" (Lc.l6:10-12). d) Saber guardar segredo - "O mexeriqueiro revela o segredo, mas o fiel de espírito o mantém em oculto" (Pv.ll:13). e) Entregar a Deus o seu dízimo - "Tudo vem de ti, e somente devolvemos o que veio das tuas mãos" (l Cr.29:14b). "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa (...) E então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que não serve" (M1.3:10a, 18). f) Cumprir seus votos e compromissos - "Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo. Ele não se agrada de tolos; o que votares, paga-o" (Ec.5:4). "Agora, porém, completai o já começado, para que, assim como houve a prontidão de vontade, haja também o cumprimento, segundo o que tendes (...) Cada um contribua segundo o propósito do seu coração" (2 Co.8:12; 9:7a). g) Ser coerente, isto é, praticar aquilo em que crê - "E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos" (Tg.l:22). "O que aprendestes, e recebestes, e ouvistes de mim, e em mim vistes, isso fazer. E o Deus de paz será convosco" (Fp.4:9). • Mansidão - Foi Jesus quem disse: "Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para as vossas almas" (Mt.ll:29b). Ser manso é manifestar tranquilidade em qualquer situação, sem demonstrar altivez, arrogância. O manso não está preocupado em receber honra, elogios, nem faz questão de qualquer privilégio. Quando repreendido, o manso não reage, mas reconhece seu erro, e busca consertar-se. Ele sabe que "nenhuma correção parece no momento ser motivo de gozo, mas de tristeza. Contudo, depois produz um fruto pacífico de justiça nos que por ela têm sido exercitados" (Hb.l2:ll). Qualquer repreensão que vise o nosso bem, e principalmente o bem da obra de Deus é bem-vinda. Devemos concordar com o salmista, quando diz: "Fira-me o justo, será isso bondade; repreenda-me, será um excelente óleo sobre a minha cabeça. A minha cabeça não o rejeitará" (S1.141:5a). "Melhor é ouvir a repreensão do sábio do que ouvir a canção do tolo" (Ec.7:5). "O que ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que odeia a repreensão é estúpido" (Pv.l2:l). O obreiro aprovado jamais abre a sua boca em defesa própria. Ainda que seja injustiçado, ele prefere ceder a palavra ao seu Advogado, Jesus. Aprender de Jesus é ser manso e humilde, e agir como Ele agiu diante dos seus acusadores: "Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a sua boca" (Is.53:7a). Em outras palavras, se o obreiro está errado, ele curva a cabeça e reconhece o erro. Se ele estiver certo, ainda assim, ele mantém seu silêncio, e deixa que Cristo seja seu defensor. Ser manso também é colocar o interesse da obra de Deus, acima dos nossos próprios interesses. É ter o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, nada fazendo por contenda ou por vanglória, mas por humildade, considerando os outros superiores a si mesmo, e não atentando somente para o que é seu, mas principalmente o que é para o bem comum (Fp.2:3-5). • Domínio Próprio - Eis o último gomo do fruto do Espírito. Ter domínio próprio é ter auto-controle. Sem ele, podemos pôr tudo a perder. Por isso, João admoesta: "Olhai por vós mesmos, para que não percais o que ganhastes, antes recebais plena recompensa" (2 Jo.8). Olhar por nós mesmos é o mesmo que manter-nos em total vigilância. O sábio Salomão afirma que melhor é "o que governa o seu espírito do que o que toma uma cidade" (Pv.l6:32). E mais: "Como cidade derrubada, sem muro, assim é o homem que não pode conter o seu espírito" (Pv.25:28). O obreiro aprovado não pode se deixar levar pelas emoções carnais e passageiras. Somos guiados por convicções, não por emoções. Aquilo que vemos não pode nos afetar a ponto de nos levar a perder a compostura. Se for necessário nos calar, nos calaremos (Leia Tg.3:2). Se for necessário nos conter na hora da raiva, nos conteremos. Tudo para não prejudicarmos a obra de Deus com a qual estamos comprometidos. Ter domínio próprio é resistir aos apelos da carne, e optar pelo que é certo. É ser capaz de desagradar a si mesmo, para agradar aos outros e principalmente a Deus (Leia Rm.l5:l-3). 3 – OS TIPOS DE CULTO As Igrejas adotam diversos tipos de cultos. Cada tipo tem seu próprio estilo e finalidade. Todos, porém tem um objetivo comum: glorificar a Deus. As pessoas devem ser estimuladas, não a assistir ao culto, ou a frequentá-lo, e sim a prestar culto a Deus. A diferença entre assistir a um culto e prestar culto é que no primeiro, a pessoa é levada a uma conduta passiva, enquanto no segundo ela é levada a uma postura de interatividade. Ninguém pode cultuar no lugar de outro. Trata-se de um dever intransferível. Podemos orar por alguém, interceder por ele, mas não podemos cultuar em seu lugar. O culto deve ser encarado como um sacrifício oferecido a Deus; o que não deve ser entendido como algo doloroso, penoso, e sim como algo extremamente agradável. O termo sacrifício é a junção de duas palavras: sacro + ofício. Trata-se, portanto, de um ofício sagrado. Paulo nos orienta a apresentar nossos corpos a Deus como um sacrifício puro, santo e agradável, pois isto se constitui em nosso culto racional (Rm.l2:l). Há vários tipos de culto, de acordo com a classificação que se segue: • CULTO EUCARÍSTICO - Trata-se de um culto revestido de caráter muito especial, pois nele se relembra o sacrifício de Cristo na Cruz, através da celebração da Santa Ceia do Senhor. Usamos como elementos que compõem a Mesa do Senhor, o suco da uva e o pão. O suco deve ser servido em cálices especiais de vidro, plástico ou similar, e devem estar devidamente limpos. Em caso de necessidade, poderá usar-se copinhos descartáveis. O pão deve ser partido antecipadamente, ficando apenas um pão para ser partido no altar no momento da celebração (a critério do celebrante), e deve ser servido ern bandejas apropriadas. Caberá aos assistentes diaconais e diáconos servir a Ceia. Em reuniões especiais, este serviço poderá ficar a cargo de pastores previamente selecionados. Os elementos deverão ser oferecidos indistintamente a todos. Entretanto, caberá ao pastor celebrante advertir as pessoas quanto à seriedade que envolve a participação dos mesmos. E deverá ainda orientar para que somente os membros do Corpo de Cristo participem Mesa do Senhor. Depois de alertadas, caberá às pessoas julgarem a si mesmas, participando ou não. Os cultos eucarísticos deverão acontecer preferencialmente aos domingos pela manhã ou à noite, ou em ambos os horários, ou ainda em ocasião extraordinária. • CULTO EVANGELÍSTICO/ CAMPANHAS - São cultos dedicados a apresentar Jesus aos necessitados e aflitos. Ninguém poderá adorar a um Deus desconhecido. Para que recrutemos adoradores para Deus, precisamos apresentá-Lo como Alguém digno de receber nossa adoração. E como o faremos? Da mesma forma como Jesus fez no passado. Ministrando de acordo com a necessidade das pessoas. Elas precisam de cura, libertação, prosperidade, união familiar, e tudo o que só Deus pode promover na vida daqueles que O buscam. Para estimular o interesse das pessoas em buscar de Deus a solução de seus problemas, as Igrejas, em geral promove campanhas, movimentos e cruzadas. Nessas reuniões, a mensagem deve ser simples e objetiva. Deve-se evitar o uso de certos termos e jargões que somente os crentes entendem. As canções devem girar em torno do tema da reunião, e conter um tom evangelístico. Não se deve usar canções de adoração, nem de forte apelo doutrinário. As orações devem ser objetivas. Se a reunião for dedicada à libertação, deve-se orar para que o poder de Deus se manifeste, a fim de que os demónios não resistam e saiam, abandonando os corpos que possuem. Não se deve "invocar" demónios, isto é, chamá-los, para que venham de onde estiverem para manifestar ali. Se houver alguém possesso, certamente vai manifestar. Nosso papel é expulsar o demónio, não invocá-lo. O uso de nomes dados aos demónios nas seitas afro-brasileiras deve ser evitado. Tal prática é proibida pelas Escrituras, de acordo com Josué 23:7, onde lemos: "Não vos mistureis com estas nações que ainda restam no vosso meio; não fareis menção dos nomes de seus deuses, não os invocareis". Deve-se usar de cautela, para não dar qualquer crédito às coisas ditas por demónios, através dos lábios de pessoas manifestadas. Lembremo-nos que o diabo é o pai da mentira, e que "não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do iue lhe é próprio" (Jo.8:44). Não se deve dirigir qualquer palavra a um demónio, se ele não estiver manifestado em um corpo. Se o fizermos, estaremos conferindo onipresença ao diabo, atributo que só Deus possui. Nossas orações devem ser dirigidas a Deus. Entretanto, podemos e devemos dirigir palavras de ordem às enfermidades, para que se retirem. Tais ordens são chamadas de "Oração da Fé". Não se trata de orar a Deus, pedindo que cure as doenças. Jesus já tomou sobre Si as enfermidades. Não precisamos pedir que Deus faça o que já fez. A Oração da Fé nada mais é do que a Fé que se expressa em uma ordem dirigida à doença, para que deixe de vez a pessoa acometida. Deve-se também usar a imposição de mãos, conforme prescreve a Bíblia (Mc.l6:18). Além da unção com óleo, que representa o Espírito Santo (Mc.6:13; Tg.5:14). Deve-se evitar qualquer tipo de misticismo ou superstição, como por exemplo, atribuir poder à feitiçaria ou à inveja. Se anunciarmos que temos poder pra desmanchar macumba, estaremos afirmando que a macumba realmente funciona. As pessoas precisam ser conscientizadas de que o Poder pertence a Deus. Os demónios dizem que receberam isso ou aquilo em um trabalho de bruxaria, para manter as pessoas na ignorância espiritual. O que o diabo quer é ser adorado. Quando ele pede que uma pessoa lhe dê uma oferenda, o que lhe interessa não é a oferenda em si, mas a adoração que lhe está sendo dedicada. Os incautos pensam que podem manipular as forças do mal através de despachos, sacrifícios e oferendas, mas na verdade, eles é que estão sendo manipulados por tais forças. Não podemos mante-los neste estado de cegueira espiritual. Temos que abrir seus olhos, falando-lhes a verdade. Em lugar nenhum da Bíblia é-nos ordenado sair por aí desmanchando macumbaria. A ordem de Jesus é: Curai os enfermos, e expulsai os demónios. Além de orar por cura e libertação, devemos orar pela prosperidade do povo. E não só orar, mas ensinar-lhe os princípios bíblicos que produzem vida abundante. E para isso, promovemos reuniões especiais. Afinal, o salmista nos ordena a dizer continuamente: "O Senhor, que se deleita na prosperidade do seu servo, seja engrandecido" (51.35:27). Pra quem pensa que Deus só se importa com questões espirituais, vale lembrar o que diz João em sua terceira epístola: "Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma" (v.2). • CULTO DOUTRINÁRIO - Trata-se de um culto dedicado ao ensino das doutrinas e princípios da Palavra de Deus, que devem nortear nossa conduta no mundo. Toda igreja, deve dedicar pelo menos um culto na semana para este fim. Nele, o pregador deve assumir a posição de mestre, conduzindo seu rebanho a um estudo mais profundo das Escrituras. • CULTO DE ADORAÇÃO - A cada domingo, o povo de Deus deve dedicar-se inteiramente à adoração. Convém salientar que a música tem papel importante no culto de adoração, e por isso, deve tomar maior tempo do que nos demais cultos. Cada igreja, deve constituir um ministério de louvor e adoração, liderado por um ministro de música qualificado. Caberá a este ministério conduzir o período de louvor durante o culto. Para tanto, o pastor deve estimular os jovens a aprender a tocar instrumentos diversos, e investir na aquisição dos mesmos. Pode-se também levantar um coral, desde que haja alguém disposto e qualificado para regê-lo. Canções de louvor e adoração diferem das canções de apelo evangelístico, pois não são centradas nas necessidades humanas, mas no próprio Deus. Há ainda uma diferença entre louvor e adoração. Geralmente, o louvor fala de Deus, enquanto que a adoração fala a Deus. Em outras palavras, no louvor, referimo-nos a Deus como "Ele" e na adoração como "Tu". O louvor enfatiza o que Deus faz, enquanto que na adoração a ênfase recai sobre o que Deus é. Os componentes do ministério de louvor devem ser selecionados de acordo com os seguintes critérios: • habilidade musical; • bom testemunho; • vida comprometida com Deus e a Sua obra; • disposição e disponibilidade para ensaiar. • CULTO DE ORAÇÃO - Uma vez que cremos no sacerdócio universal dos crentes, devemos estimular o povo de Deus a uma vida de oração. Todos temos igual acesso à presença de Deus, e devemos desfrutar disso ao máximo, apresentando-nos a Ele regularmente para intercedermos em favor de todos os que necessitam. Para isso, é salutar que promovamos reuniões de oração, onde possamos dedicar a maior parte do tempo à intercessão. A Bíblia nos ordena a orar uns pêlos outros (Tg.5:16), pêlos aflitos (Tg.5:13), pelas autoridades constituídas (l Tm.2:l-2), e até pêlos que nos perseguem (Mt.5:44). Além do mais, deixar de interceder é incorrer em grave falta aos olhos de Deus (l Sm.l2:23). • CULTO JOVEM - Com fim evangelístico, ou com objetivo de promover maior entrosamento entre os jovens da igreja, o culto jovem tem suas peculiaridades. A começar pelo estilo musical, e pela forma extrovertida e informal em que deve ser conduzido. Além de música, oração, e ministração da Palavra, o culto jovem pode ter ainda gincanas, brincadeiras, e outros expedientes que possam atrair o interesse dos jovens, contanto que se mantenha a reverência a Deus. Pode ser promovido com fim evangelístico em outros ambientes além da igreja, como escolas, faculdades, praças e etc. Cada igreja e congregação, deve ter um Grupo Jovem, que deve ser dirigido com sabedoria, por alguém capaz de entender e fazer uso de uma linguagem sadia, porém contemporânea, que vá de encontro aos anseios da nova geração. O Grupo Jovem poderá promover evangelismos, passei-os, retiros, debates, torneios esportivos, festas, congressos, apresentação de peças teatrais e coreografia, concursos, vigílias de oração, e tudo o que vise o seu crescimento e fortalecimento. • CULTO FÚNEBRE - Embora aconteça em um momento de dor, deve ser ministrado com serenidade, e com o objetivo de infundir esperança no coração dos familiares da pessoa falecida. Recomenda-se que o ministro busque demonstrar compaixão pela dor, sem com isso deixar transparecer qualquer indício de desespero. A mensagem deve ser curta, e conter temas como a vida eterna, a ressurreição dos que morrem com Cristo, e a vitória de Jesus sobre a morte. Sugerimos a utilização dos seguintes textos: Salmo 89:48; 49:15; Ezequiel 18:32; João 5:24-29; 8:51; Romanos 8:38; Hebreus 2:14-15. • CASAMENTO - A Cerimónia Nupcial é revestida de um valor ímpar. Não foi em vão que Jesus escolheu uma festa de casamento para manifestar pela primeira vez Sua Divindade, transformando água em vinho. Da mesma forma, não podemos desperdiçar uma cerimónia de casamento, deixando de anunciar o poder restaurador e transformador de Cristo. Além de aconselhar de público aos nubentes, o celebrante deve aproveitar para firmar os valores do Reino de Deus concernentes à família, demonstrando que Deus é o seu autor, e que por isso mesmo, é quem mais está interessado na sua preservação. Pode-se também aproveitar para fazer uma breve exposição do Evangelho, comparando a maneira como o marido deve dar sua vida pela esposa, com a maneira como Cristo deu Sua vida por nós (Ef.5:25). Desta forma, apresentamos Deus como a figura central da cerimónia; e o que deveria ser apenas um ritual, torna-se em um verdadeiro culto a Deus. Logo no começo da cerimónia, deve-se invocar a presença do Criador, com uma oração simples, buscando lembrar às pessoas presentes que foi Deus o celebrante do primeiro matrimónio da história, e que Sua presença é indispensável, tanto no enlace matrimonial, quanto nos momentos que serão partilhados pelo casal a partir daquela data. Além da oração inicial, a cerimónia ainda tem pelo menos outras duas orações: a que apresenta as alianças, e a impetração da bênção nupcial, que a dará por encerrada. Durante a cerimónia, alguém previamente escolhido pêlos nubentes, ou pelo celebrante, poderá entoar uma canção de louvor a Deus, cujo tema gire em torno do amor conjugal.




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